Apesar de ser filho de funcionário público, Guilherme Leal, com três irmãos, viu que precisaria trabalhar cedo para sobreviver. Assim, começou a trabalhar com 17 anos e resolveu fazer Administração de Empresas na USP, à noite. Chegou a trabalhar numa das superintendências da Fepasa, empresa estatal de transporte ferroviário do Estado de São Paulo. Foi nessa época que conheceu Pedro Passos, que depois viria a se tornar um de seus sócios na empresa de cosméticos Natura. Lá se desiludiu com a corrupção e a ineficiência de algumas instâncias da estatal. Quando foi demitido não quis voltar a uma empresa pública. Então, no fim dos anos 70 resolveu ajudar a construir uma pequena empresa privada. Ela viria a se tornar a Natura. A visão de negócios de Leal, assim como a de seus sócios, Pedro Passos e Luiz Seabra, entende que o papel de uma empresa não se resume à geração de empregos e de impostos e defende que toda organização pode e deve contribuir para a transformação socioambiental. Essa postura imprimiu uma forte identidade à Natura que passou a ser reconhecida como referência em responsabilidade social corporativa e em inovação baseada na sustentabilidade. Leal é hoje um dos homens mais ricos do planeta.